terça-feira, março 10, 2009
Escrito por Green Tea em terça-feira, março 10, 2009

Escrevi noutro sítio, mas poderia tê-lo escrito aqui. Daí que faça sentido reproduzi-lo aqui:


Das intolerâncias religiosas

Há uns tempos andámos todos em pé de guerra porque o Cardeal Patriarca da capital se insurgiu, de forma "estranha", contra os casamentos entre cristãos e muçulmanos. Nota: entre as mulheres cristãs e os homens muçulmanos, tendo em conta o papel mais retraído que é atribuído pela sociedade e aceite pelas mulheres no Islão. Tenho cá para mim que foi um caso de má expressão e péssima interpretação, mas foi célere e extenso o escorrimento de tinta sobre a polémica. Ah, o desrespeito, ah, a mágoa, ah e mais ah!!! Não concordando com esta separação de águas radical e estereotipada, abstive-me de comentários.

Não me abstenho agora, com o caso da menina brasileira excomungada. É r-i-d-í-c-u-l-o, com todas as letras e ênfases que se conseguirem encontrar. É brutal e atroz, é pura e simplesmente deitar achas para a fogueira em que a Igreja Católica se tem vindo a auto-imolar...

Não obstante, eis que me deparo com isto, e vejo que não é um mal da Igreja Catolica: é um mal dos homens que pensam poder (e, preocupantemente, nalguns casos podem mesmo) pôr e dispor da vida, do corpo e da fé das pessoas como se fossem sua pertença. Deus é Amor, ou não é? Deus não é intolerância, não é estereótipo, não é excomunhão, não é chicotada. Se isto para mim é fácil de compreender, ainda que o seja enquanto mistério, como não o é para os iluminados que reclamam estar mais junto d'Ele?

(Reclamam, mas não estão. Oficialmente, um Papa está tão próximo de Deus como um qualquer bispo ou padre ou diácono ou leigo ... ah pois é! E se Deus é um, que para uns se chama Deus, para outros Alá, para outros Sol, ou qualquer outro nome, a mensagem central não será sempre a mesma?)

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