sexta-feira, outubro 26, 2007
Escrito por Green Tea em sexta-feira, outubro 26, 2007

O nome diz algo? Não? Devia. (E Tiago Bettencourt, diz? Ah, sim? O gajo de Toranja, não era?)

Os Rizoma são Ricardo Frutuoso, Jorge Pamplona e Pedro Lima. Os Rizoma são, portanto, Rick, Dodi e Rato. Os "outros" Toranja. Os que não foram para o Canadá gravar, e que resolveram lançar, em edição de autor, o álbum Insistir no Zero.

Vou dizer que em termos pessoais, não há comparação entre os elementos dos Toranja. Hoje chegou-me às mãos, através dos próprios Rizoma, o Insistir no Zero, e "um autocolantezinho". E um sorriso. Que me faz continuar a acreditar que o negócio da música persiste pelos fãs que a empatia das pessoas que trabalham na área ainda cativa. A simpatia e a disponibilidade. A partilha do amor pela música, pelas palavras, e pelas mensagens. Tudo. Sem entrar em pormenores (seriam muitos), repito: não existe comparação. Não é possível.
E foi assim que o dia se fez maior, e parece que no trabalho tudo correu menos mal, a par de um ou outro percalço, shit happens, fix it and move on, e que o sorriso não me saía da cara. A vida é feita de pequenos nadas, diz o Sérgio Godinho.

Uma ideia: dia 2, fnac chiado, 18h. Rizoma. Eu. Amigos. Sem fantasmas.
(onde anda a cabeça das editoras e distribuidoras deste país? como é possível olhar somente para o lucro? como é possível menosprezar a qualidade de tantos projectos?)

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domingo, outubro 14, 2007
Escrito por Green Tea em domingo, outubro 14, 2007

Estive muito tempo (alguns dias) a pensar onde havia de escrever as linhas que se seguem, se aqui, ou aqui. As vicissitudes de ter vários blogs levam a que cada um deles reflicta uma parte de um todo que se quer mais do que uma mera soma. E a alternativa sempre me pareceu menos aceitável, no sentido em que é um espaço não só partilhado como irónico, e este post, apesar de não o querer lamechas, certamente não será cómico nem irónico.

Não sou uma pessoa racional, mas pode dizer-se que tenho tentado apostar na sensatez ao longo do tempo. Em questões relacionais, não querendo entrar em pormenores que prefiro abstractos e que têm o seu próprio espaço, estava muito bem. "Bem", como um puzzle a reconstruir-se eternamente, nunca começa e nunca acaba.
E então acreditava eu que a atracção é algo controlável e que não existe nada melhor do que o espaço pessoal. Acreditava, porque tudo muda quando menos esperamos. Sobretudo quando nos apercebemos que há pessoas que entram sem serem convidadas, neste espaço pessoal, e que nada podemos fazer para o impedir. Bem tentamos e o resultado não é o melhor. Também me conheço o suficiente para saber que tenho uma espécie de reactância que me impede de ser minimamente sensata e low profile nestas situações. Sou óptima a dar conselhos, ainda melhor a não dá-los, mas péssima a assimilar estas questões que envolvem a minha própria pessoa. Não existe algo de comum para que eu possa dizer "é este tipo de pessoas ou situações que devo aprender a sinalizar como impróprias para o meu nível cardíaco", simplesmente acontece.

Fico-me pela constatação óbvia que, se a duzentos quilómetros, o ar me traz o cheiro de uma pessoa que eu tento que não ganhe importância na minha vida, é porque essa pessoa deve ser minimamente importante, quer eu queira, quer não queira.
O amor é fodido, "foi o que eu disse"!

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