quinta-feira, maio 28, 2009
Escrito por Green Tea em quinta-feira, maio 28, 2009


... e dizem-me, mal me conhecendo:
- Ah, não gosto, o Saramago é muito comuno-parvo para meu gosto.
- Mas já leu este, em particular?
Este é, dos livros de Saramago, o que maior murro no estômago me deu, não pela esquerdice implícita, mas pela ingenuidade que retrata, pela secura que se desfia em cada página.
- Não, esse não, não gosto dele.

Ora eu gosto, e muito, do Saramago. Mais, eu sou de esquerda. Dextra de corpo, canhota de alma. Não comunista do assim se vê a força do pêcê nem bloquista pseudo-intelectualóide, menos ainda socialista de trazer por casa, mas de esquerda, convicta. Há-de haver um tempo em que as ideias se sobreporão aos rótulos que as distorcem. Como um livro do qual achamos que podemos não gostar, mas só o saberemos se o lermos...

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