quinta-feira, março 22, 2007
Escrito por Green Tea em quinta-feira, março 22, 2007

Tendo em conta a flexibilidade que neste momento me é exigida, o tempo para desenvolver espírito crítico e passá-lo a palavras não tem sido muito. Mas tem feito falta.

Basicamente, gostaria de despejar o saco... Estou a trabalhar com crianças entre os 6 e 8 anos e estou verdadeiramente arrepiada. Se bem que prefiro, de longe, trabalhar com adultos, esta é (ou seria) uma oportunidade de alargar horizontes, blá blá, novas aprendizagens, blá blá, etc. e tal. E trabalhar numa escola (em duas, em abono da verdade) até é ... engraçado.


Mas não quando se assiste à demissão dos pais do seu papel de educadores. A escola existe para formar crianças e jovens, não propriamente para inculcar valores de origem, como o respeito, a educação, etc.. De facto, a escola é um veículo de formação e inserção social, mas não deve, nem pode, sobrepor-se à autoridade parental. O problema é que essa não existe. Palpito eu que os pais, trabalhadores ocupados e eventualmente insatisfeitos, preferem estar com os putos sem se chatearem muito. Assim como assim, mais vale não ter chatices em casa, desgraçados dos putos, para aprender estão na escola e para brincar estão com os pais. Ou então nem para brincar, que muitas vezes os pais devem querer é descansar e deixam os miúdos a jogar PlayStation ou a ver televisão (a TVI, de preferência).

E quem se lixa é a escola. Os professores. Os colegas. Todos. Vá lá um professor tentar ensinar alguma coisa quando um puto de meio palmo o ameaça com uma cadeira. Ou quando lhe dizem na cara que não têm de ter respeito aos professores porque não são pais. Porque quando um professor tenta (coitados, os que ainda tentam), têm depois os paizinhos à perna, e tal, ainda é uma criança, e tal, os pais é que dão educação. Dão? Alguns...


Há uma coisa nova chamada Introdução à Cidadania. Experimentem ... e depois digam qualquer coisa.


SARA, se leres isso, vê lá o que fazes com a Verinha :) (desculpem o smile)


P.S. Até foi uma boa maneira de não me pronunciar sobre o sururu no PP... se bem que até podia ser relacionado.

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