quinta-feira, fevereiro 28, 2008
Escrito por Green Tea em quinta-feira, fevereiro 28, 2008

A primeira aula deste ano em Évora correu muitíssimo bem, tirando o facto de me ter levantado ontem às 5h da manhã, ter ido e voltado, ter entrado às 14h30 no trabalho, ter saído às 23h30, ter chegado a casa depois da meia-noite, e hoje ter acordado às 5h30. Portanto, estou morta de cansaço, e teoricamente hoje deveria escrever algo para o projecto do doutoramento. O uso do condicional não é aleatório.

Mas, e para que este post não fique excessivamente lamuriento, ora aqui está algo digno de interesse (do meu, pelo menos):

"No seguimento da iniciativa "Campanha para a Empregabilidade", que o SNP [Sindicato Nacional dos Psicólogos] organizou durante o ano passado, foram recolhidas mais de 11.000 assinaturas. 
O SNP irá promover, no próximo dia 3 de Março, das 10 às 13 horas, no Largo Camões, em Lisboa, uma concentração de profissionais da Psicologia, que irá culminar com a entrega de todas as assinaturas pelas 15 horas, junto do Primeiro-Ministro, na AR, através de uma audiência marcada com o SNP. 
Neste sentido, apelamos à mobilização máxima de todos os colegas para esta iniciativa! 
Porque o sentimento de insatisfação é geral, entre os que estão empregados e os que se encontram no desemprego ou em situação precária! 
Porque acreditamos possuir razões válidas, mais que suficientes para nos unirmos, protestarmos e lutarmos, pelos nossos direitos e dignidade da nossa profissão!" 

Não vou (estou a trabalhar), mas pergunto-me se a senhora que ontem me perguntou qual o melhor portátil da loja, porque "como psicóloga, preciso de escrever relatórios, mas claro que a menina não percebe disso", estará presente. E pergunto-me, sobretudo, qual a posição da APOP sobre isto...

PS: Claro que não disse à senhora que percebia do que quer que fosse. Encaminhei-a para o artigo de folheto ...

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segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Escrito por Green Tea em segunda-feira, fevereiro 18, 2008




... algo muito mais relevante.
Há muito tempo que não coincidia a maré alta com tamanha precipitação. Graças a uma bomba de água na zona do Dafundo que Algés não sofre deste mal há tempo suficiente para as pessoas se esquecerem de tomar medidas preventivas. Medidas preventivas que, tendo sido esquecidas, se tornam necessárias.
É por isso que desde madrugada que só se vê lama por aqui. E se ouvem sirenes de bombeiros, polícia municipal e, pasmo-me, helicópteros amarelos e cor-de-laranja, à la baywatch. Tudo numa grande azáfama. De louvar. E de dar graças pela sorte de uma resposta tão massiva e tão pronta. Já que, pelos visto, quem deveria zelar pela manutenção da rede de esgotos e afins só se lembra de Santa Bárbara nesta altura. Até quando??? 

De lamentar as vidas que se perderam, sem dúvida. Mas sobretudo a ver se, ao menos desta, se aprende qualquer coisa!

Quanto a mim, só acho extraordinariamente irónico a ocorrência precisamente depois do regresso da Maria Elisa aos écrans, para recordar as cheias de 1967. 
E fico a pensar como teria sido se tivesse de ter ido trabalhar hoje (!)

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domingo, fevereiro 17, 2008
Escrito por Green Tea em domingo, fevereiro 17, 2008

Estou de férias ... ou assim pensava. Até há umas horas atrás.
Provavelmente vou passar directamente a tese de mestrado para doutoramento, convites destes não se recusam. 
(Implicações? A semana de férias irá ser passada a tentar transformar uma ideia fraca numa tese forte. Um dia por semana terei fazer 262 km em ida e volta até à Universidade de Évora. Obrigatório tentar negociar o jogo de cintura para conciliar trabalho e estudo.)

Obviamente vou andar ainda mais cansada do que ando, sobretudo quando estiver a entrar no horário da manhã. Está portanto decretado o estado de alerta laranja neste blog.
É uma escolha consciente. Não me consigo imaginar a abdicar de nada neste momento. Nem do trabalho, nem das pessoas do trabalho, nem do que tenho crescido no trabalho. Mas também não consigo voltar costas ao meu projecto de desenvolvimento pessoal e académico. 

Novidades recebidas ao som de What You Are... Quem poderia pedir mais?


P.S. Daqui a uns dias já escrevo qualquer coisa minimamente interessante.

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quinta-feira, fevereiro 07, 2008
Escrito por Green Tea em quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Poucos diálogos/ monólogos me frustram tanto como os que se resumem a um "Olá, tudo bem?", e seguir em frente.
Não é a parte do "olá" que me arrepia, mas sim aquela acutilância do "tudo bem?". Sinceramente, quantas pessoas nos perguntam isto, mas efectivamente não querem saber? Quantas vezes perguntamos "tudo bem?" e esperamos o consensual "sim, e contigo?" ou "sim, vai-se andando" ou demais variantes. Qualquer coisa que saia fora deste consenso tácito e quase protocolar, faz ruir todas as nossas regras de etiqueta hipócrita. 
E se não estiver "tudo bem"? E se estivermos num daqueles dias em que, honestamente, não nos recomendamos minimamente e apenas esperamos o momento de fecharmos a luz, adormecermos e deixarmos tudo ir embora? Quanto muito um "vai-se andando" seguido de um "isso é que é preciso" e tudo regressa à normalidade.
Nestes últimos dias, quando me cumprimentam "Olá Ana, tudo bem?", só me apetece ... nem sei, de verdade, o que me apetece. Talvez porque se responder "Sim, tudo bem, obrigada, e contigo?" vou estar a mentir da forma mais descarada e não consigo dar a mim mesma uma razão suficientemente boa para tal.
Ficamo-nos pelo "Olá" nos próximos dias, sim?

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sábado, fevereiro 02, 2008
Escrito por Green Tea em sábado, fevereiro 02, 2008

Eu gosto do Fernando Rosas. A sério. Soube que era historiador há já muitos anos, quando num programa da RTP2 entrevistou e foi entrevistado pelo David Fonseca. Gostava de o ouvir às quintas-feiras no Debate da Nação, na RTP1. Dotes de argumentador ninguém lhe retira.
Mas saber que condenou o voto de pesar proposto na AR porque "aprovar este voto seria vincular a Assembleia da República, fazer com que os órgãos do Estado tenham uma visão oficial sobre a história" fez-me espécie.
Ora eu não sou monárquica (muito menos depois de ler isto), mas somos um país com novecentos anos de História Real, e vivemos ainda numa imberbe e teórica democracia. Sobretudo, não temos muito a temer da monarquia, uma vez que não se pode referendar o Regime, dita a Constituição.
Mas o Regicídio, enquanto facto histórico, merece uma tomada de posição, já que, em última análise, esteve quase "apenas" indirectamente relacionado com a implantação da República. É um crime! Caramba!!!
Mais, se a Assembleia da República não pode tomar partido sobre a História, gostaria de saber o que têm agendado os senhores para o dia 25 de Abril.. ah, esse já se pode assinalar???

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