Oito. Oito minutos de Jornal das 13h. Até agora. E até agora só a falar de despedimentos. Ontem, na Antena Aberta, o tema foi o despedimento fraudulento.
Diz muita gente que há muitos que não querem trabalhar. Dizem outros que não andaram a queimar pestanas para fazer uma coisa abaixo das suas expectativas. Dizem outros que os emigrantes e os imigrantes estão a mais (sobre isto, os ingleses podem começar por devolver a Alvalade o Cristiano Ronaldo!).
Mas tudo isto vem de trás. De muito antes. Vem a partir do momento em que uns tentam e tentarão sempre, obter mais lucro a partir dos que mais trabalham. Mexer com ordens mil milhões de euros como se de um ordenado se tratasse e pagar salários mínimos a quem dá couro e cabelo. Dizia o Saramago, no Todos os Nomes, como se organiza uma chefia (in)eficiente. E enquanto admitirmos passivamente que na base produtiva se encontram, de facto, os motores dos milhares e dos milhões, e que esta base pode ser sobrecarregada porque necessita, estamos mal. Não precisamos de doutores para isto e aquilo. Não precisamos de percursos traçados e moldados sem aberturas a novas experiências e expectativas. Precisamos de pessoas pensantes e que se adequem ao que é esperado em cada momento, desde que se renovem as posições, as expectativas e exista reciprocidade no trabalho. Apenas isto, reciprocidade.
[Ainda assim, muitíssimo mais importante: parece que hoje se assinala um dia qualquer a ver com o cancro. Toca a contribuir. Nos últimos meses cada vez mais me parece uma causa mais do que merecedora. Nunca fiando. Mesmo!]
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