domingo, outubro 29, 2006
Escrito por Green Tea em domingo, outubro 29, 2006

Eu cá até não sou pessoa de maldades. Tudo o que puder fazer pelos outros, faço. E até me dei mal com isso, algumas vezes ...

Somos todos assim, quem não diz isso? Remexendo nos primórdios da consciência da espécie humana, recordado os erros disposicionais e situacionais de atribuição, somos os melhores. Aliás, somos as melhores pessoas que conhecemos. Parece-me haver apenas um pequeno erro lógico ... que é a realidade que todos presenciamos. Onde estão as melhores pessoas quando precisamos delas? A olhar para o umbigo ou frente ao espelho mágico a perguntar quem é melhor pessoa do que eu?
É assim a espécie humana ... Somos os melhores sim. De garganta. Somos um saco roto de boas intenções...

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2 Comentários:


Em 2:35 da tarde, Blogger Lígia Mendes

Nem todos somos assim, querida Ana, e ainda bem :) Ou melhor, talvez o mais correcto seja dizer que nem todos somos SEMPRE assim e, na minha opinião, isso é o mais importante, pois é o motivo pelo qual continuo a acreditar que vale a pena viver, sentir o sangue a correr nas veias e a fé a aquecer o coração. Sei que passamos por momentos mais negros, em que todos nos "abandonam", mas a verdadeira raíz para a felicidade individual não reside no "tu", mas sim no "eu". Se o "eu" sabe reconhecer as suas próprias fraquezas, saberá compreender muito melhor as do "tu" também. A vida mostra-me diariamente que a razão da minha tristeza e deprimência crónicas nunca foi mais do que a minha atitude face às adversidades. Sabemos que há egoísmo, pessoas que apenas olham para o próprio umbigo, muitas palavras e poucas obras, mas que interesse tem isso, afinal, a não ser no caso de constatarmos que estamos a falar de nós mesmos? Se a imagem reflectida no espelho é uma imagem de alguém egoísta e de "saco roto de boas intenções", mãos à obra - está na hora de agir de forma diferente! Mas, é sempre, sempre possível... e real!! :)

 

Em 3:25 da tarde, Anonymous Anónimo

Oh Ligia, a tua sabedoria quase me deixa sem fala :)

Sim, estava basicamente numa generalização, mas há muito de verdade aqui. Nem sempre olhamos de forma clara para nós e nem sempre somos guiados pela vontade e capacidade de progredirmos enquanto humanos.

Somos muito hipócritas, por vezes ... pq quem reconhece os seus defeitos sabe que pode agir para a mudança. Mas e quem não sabe sequer?

Sim, talvez eu devesse olhar para a minha trave e nao para a dos outros. Mas EU, eu sei que não tenho essa hipocrisia, sou cheia de defeitos e actos e omissões das quais me arrependo. Sei que nem sempre sou a pessoa de nao fazer mal a ninguem que seria desejável.

Lígia, mais uma vez obrigada pela tua sabedoria doce :)