Num dia que teve mais de cómico do que trágico, foi quando cheguei a casa que o vi, ainda embrulhado. Como que a apaziguar as dores no trambolho em que o meu pé se transformou, o Foge Foge Bandido, edição limitada a 1100 exemplares, aguardava em cima da mesa. O meu é o número 0238. Confesso que estava ansiosa, apesar de já ter as músicas por meios alternativos. Ah, são dois CDs e um livro. São um conjunto, impossível resumir o FFB apenas aos CDs e esquecer o livro ou vice-versa.
São 78 músicas ou projectos de músicas, algumas poucos segundos têm. 78 experiências ou 78 formas de expressar o que já se sabe de Manel Cruz, mas que nunca me deixa de surpreender. O ponto alto é finalmente perceber que só se podia esperar isto: algo que não remete para nada do que foi feito antes, nem com Ornatos Violeta, nem Pluto, nem Supernada (álbum que ainda se espera, pelos vistos também anda a fugir).
Experimentalismo poderia ser a palavra de ordem. Excentricidade, inovação, surrealismo, tudo isso e ainda faltaria qualquer coisa. Não é de ouvido fácil, não é a sequência musical expectável e típica. Nem poderia ser.
No fundo, o Manel arrisca aquilo que sempre terá querido obter num projecto a solo. E conseguiu, claramente. Não é para fãs de Ornatos e derivados, nem mesmo para fãs do Manel. É para que tem ouvido arrojado, espírito aberto e não se deixa intimidar por letras claramente "manelinas" e que podem ter o efeito de um bom soco no estômago. A destacar a presença de vários ex-Ornatos, entre outros. Um projecto individualista que tem rasgos de divertidas parcerias, esperadas ou não.
São 78 músicas ou projectos de músicas, algumas poucos segundos têm. 78 experiências ou 78 formas de expressar o que já se sabe de Manel Cruz, mas que nunca me deixa de surpreender. O ponto alto é finalmente perceber que só se podia esperar isto: algo que não remete para nada do que foi feito antes, nem com Ornatos Violeta, nem Pluto, nem Supernada (álbum que ainda se espera, pelos vistos também anda a fugir).
Experimentalismo poderia ser a palavra de ordem. Excentricidade, inovação, surrealismo, tudo isso e ainda faltaria qualquer coisa. Não é de ouvido fácil, não é a sequência musical expectável e típica. Nem poderia ser.
No fundo, o Manel arrisca aquilo que sempre terá querido obter num projecto a solo. E conseguiu, claramente. Não é para fãs de Ornatos e derivados, nem mesmo para fãs do Manel. É para que tem ouvido arrojado, espírito aberto e não se deixa intimidar por letras claramente "manelinas" e que podem ter o efeito de um bom soco no estômago. A destacar a presença de vários ex-Ornatos, entre outros. Um projecto individualista que tem rasgos de divertidas parcerias, esperadas ou não.
É esta a página oficial do FFB, onde podem ver e ouvir este mosaico de peças e obras, mas só o podem adquirir aqui!
Etiquetas: Música