Desde o início do mês que o Estado disponibiliza certificados de reforma, os vulgo PPR.
Ora, desde as acusações de concorrência desleal, visando nomeadamente as diferenças em termos de liquidez exigida (comparativamente às seguradoras, fornecedoras habituais destes produtos), às diferenças em termos de possibilidade de resgate de capital (apenas em situações de doença ou desemprego), e mesmo às diferenças em termos de procedimentos após a obtenção da reforma (nalguns pontos, mais benéfico para quem subscrever estes PPR estatais), tudo se esclarece quando Vieira da Silva adverte que os certificados são apenas mais uma possibilidade ao alcance dos cidadãos. São diferentes dos PPR privados porque, and I quote, “uns são canalizados para a captação de poupanças, outros para a criação de uma contribuição acrescida”.
Bem, mas pensava eu que o Estado não deveria distinguir entre cidadãos em termos contributivos da Segurança Social. Certo é que os meus descontos não me estão a servir a mim, mas sim os pais ou avós de alguém... Porque haveria eu de me vestir de altruísmo se não são os meus descontos que me irão assegurar esta "benesse" estatal. Mais!!! Mas pode, deve, ou será competência do Estado, diferenciar entre quem desconta legal e sofridamente o minímo, e mesmo assim vê o seu salário a participar numa peça trágico-cómica, e entre quem subscreve estes produtos? Segurança Social justa e equitativa??? Onde, mesmo?
Eu irei subscrever um PPR! Mas nunca nestas condições que mais parecem contribuir para um "Admirável Mundo Novo" do que para a melhoria das condições de vida, de empregabilidade e satisfação do cidadão com o Estado.
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