Seis da manhã, acordar cedo só faz sentido e só é menos penoso quando o faço ao som de notícias. E hoje foi a manchete sobre o facto de metade das ofertas de emprego não serem preenchidas.
Ah, pois bem. Somos "uma cambada de preguiçosos", foi o comentário implícito que acabei por ouvir nas entrelinhas.
Ocorre que no mesmo jornal vieram relatadas algumas infracções laborais, quer em termos de horários, quer em termos de dívidas à Segurança Social. É favor consultar, que não tive tempo para ir procurar o link.
Não somos (assim tão) preguiçosos, não estamos é tão desesperados assim, e não sei se é bom se é mau. Muitas das tais ofertas contemplam horários completamente absurdos com vencimentos correspondentes ainda mais absurdos. Ou então é o perfil do super-candidato: máximo de 25 anos, 24 de experiência comprovada na área. Passando o sarcasmo, outro factor para a proliferação destas ofertas por preencher: há quem as aproveite. A esses toca mesmo o desespero. Parece que 60% das famílias sobreendividades tem de 3 a 10 créditos (leiam-se prestações). Portanto, infelizmente, aceitam qualquer exploração que se lhes apresente, o que, num ciclo vicioso que não favorece nada o desenvolvimento nem do tecido empresarial nem do capital humano, apenas promove o semi-emprego, a sobrevivência e não a vivência e o envolvimento.
Agora vou pensar melhor sobre isto, claramente há variadíssimos factores sociais, culturais e educativos a concorrerem nesta questão. Agora não, em Setembro, depois das mais que merecidas férias. Porque apesar de tudo, do cansaço e da frustração, eu ainda consigo, nalguns dias, entrar no trabalho a assobiar pululante.
Ah, pois bem. Somos "uma cambada de preguiçosos", foi o comentário implícito que acabei por ouvir nas entrelinhas.
Ocorre que no mesmo jornal vieram relatadas algumas infracções laborais, quer em termos de horários, quer em termos de dívidas à Segurança Social. É favor consultar, que não tive tempo para ir procurar o link.
Não somos (assim tão) preguiçosos, não estamos é tão desesperados assim, e não sei se é bom se é mau. Muitas das tais ofertas contemplam horários completamente absurdos com vencimentos correspondentes ainda mais absurdos. Ou então é o perfil do super-candidato: máximo de 25 anos, 24 de experiência comprovada na área. Passando o sarcasmo, outro factor para a proliferação destas ofertas por preencher: há quem as aproveite. A esses toca mesmo o desespero. Parece que 60% das famílias sobreendividades tem de 3 a 10 créditos (leiam-se prestações). Portanto, infelizmente, aceitam qualquer exploração que se lhes apresente, o que, num ciclo vicioso que não favorece nada o desenvolvimento nem do tecido empresarial nem do capital humano, apenas promove o semi-emprego, a sobrevivência e não a vivência e o envolvimento.
Agora vou pensar melhor sobre isto, claramente há variadíssimos factores sociais, culturais e educativos a concorrerem nesta questão. Agora não, em Setembro, depois das mais que merecidas férias. Porque apesar de tudo, do cansaço e da frustração, eu ainda consigo, nalguns dias, entrar no trabalho a assobiar pululante.
Etiquetas: Emprego, Generalidades