sábado, junho 20, 2009
Escrito por Green Tea em sábado, junho 20, 2009

Já tinha escrito aqui sobre isto. E hoje veio a propósito, enquanto subia com o namorado a rua dos Armazéns do Chiado, em corrente contrária à da marcha do orgulho gay.
Ora a minha costela canhota admite que um casamento civil é um contrato e que o sexo dos participantes é pura e simplesmente irrelevante para o bom ou mau cumprimento desse mesmo contrato (a minha costela católica abstém-se).
Não obstante, marcha do orgulho gay? Espera, orgulho? Eu não tenho orgulho em ser hetero. Nem orgulho nem poder de decisão, é assim que sou. Acredito que a homossexualidade, ao invés do que o DSM disse durante muitos e demasiados anos, não é uma doença, pelo que ninguém escolhe a sua orientação sexual. Daí que orgulho me pareça uma palavra totalmente descabida. Se me disserem que têm orgulho em ser capazes de o admitir perante uma sociedade preconceituosa, aí sim, aí concordo. Mas em ser gay? É quase (e este quase é imenso) a mesma coisa de ter orgulho em ser branco, preto ou amarelo às riscas.
É a isto que se expõem as minorias, quando tentam chamar a atenção, correm o risco de serem desacreditadas e descredibilizadas.

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