É notícia que Saddam Hussein, o monstro iraquiano, foi condenado à morte na forca. Sim, um grande criminoso com uma grande pena, etc. e tal, não fosse isto uma enorme hipocrisia que me arrepia até enojar.
Saddam não teve um julgamento, teve uma farsa pseudo-americanizada a fazer de julgamento. Não houve a mínima imparcialidade, e duvido que o cowboy do Texas mais conhecido dos EUA não soubesse há meses qual seria o veredicto e a respectiva pena. Que o vilão mais vezes retratados em filmes que elogiam a superpotência americana merecia a condenação, não levanta dúvidas. Mas que esta acontecesse de forma tal a que a suspeição de corrupção não tivesse onde medrar. Não acredito neste veredicto.
Só me frustra a petulância e arrogância com que um país se veste de protector do mundo e da liberdade, mascarando a sua avidez e egoísmo numa capa de liberdade e esperança. É de uma hipocrisia a toda a prova.
Aliás, a própria pena de morte destinada a Saddam acaba por ter a indelével dos EUA. É um contra-senso monumental armar um escudo de defesa à vida e utilizá-lo apenas para quem convem. Manifestamente contra a pena de morte, acho que é uma vergonha todo este espectáculo montado à volta de Saddam. Voltarei a este assunto, após o mês concedido à defesa para apresentar recurso.
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