domingo, janeiro 24, 2010
Escrito por Green Tea em domingo, janeiro 24, 2010

Como já terão reparado, os últimos posts que aqui tenho escrito são auto-plágios. Tenho retirado esses textos de um outro blog, mais recente (mas não tão recente assim!). E também por isso, deixo-vos aqui o endereço do só porque me apetece. Tem sido muito mais actualizado do que este blog e, sinceramente, tornou-se num espaço que me reflecte muito mais neste momento. Assim, o Cerejas Pensantes fica por aqui, com os textos todos à vossa disposição, mas não será mais actualizado.

Passem por lá.
 
segunda-feira, dezembro 21, 2009
Escrito por Green Tea em segunda-feira, dezembro 21, 2009

Sim, aceito.

Ouvi ontem na televisão sobre uma petição para um referendo a efectuar durante o Benfica - Porto relativamente ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Que a discussão ainda não tinha sido feita, que era um assunto demasiado importante.
Concordo inteiramente. É um assunto demasiado importante para quem se vê afectado por uma lei retrógrada e vê a sua orientação ser escrutinada por uma maioria discriminatória.
A orientação sexual não é uma opção nem é uma doença. Enquanto esta simples frase não for apreendida na sua totalidade por uma quantidade de imbecis, por melhor que sejam as suas intenções, não seremos verdadeiramente uma sociedade democrática. Perante o Estado, sou uma pessoa. Sou mulher, ruiva, baixa, heterossexual. Nenhum destes elementos deve ser mais ou menos importante que os outros. Sou uma pessoa. Todos estes senhores e senhoras que querem casar, perante a lei não têm nem mais nem menos direitos. Pena é que demoremos tanto tempo a reconhecê-lo.
Não precisamos de nenhum referendo para conceder a cidadãos (e cidadãs) pleno direito à celebração de um contrato, que é exactamente o que é o casamento civil. Não houve discussão suficiente? Houve foi discussão a mais, a porem as igrejas ao barulho, a sociedade portuguesa que mal sabe pensar e ainda pensa que são coisas do demónio, cuja mesquinhez de nova-riquice e pseudo-ocidentalidade ainda lhes tolda a visão.
Não me refiro a casamentos religiosos, pois sobre esses haveria ainda muito a discutir. Agora quanto ao casamento civil, parece-me que o caso já devia estar encerrado. Ponto. Final.

Perguntam-me sobre a adopção de crianças. Penso que as crianças são terríveis, inconscientes da maldade que a sua reduzida disponibilidade para aceitar a diferença. "Olha o meu pai Um e o meu pai Dois" seria mais dificil de compreender enquanto as nossas crianças não estiverem sensibilizadas para a realidade que é a existência de orientações sexuais diferentes. Repito que a orientação sexual não é uma doença nem uma opção. Nem o DSM (a bíblia das psicopatologias que rege demasiada intervenção psicológica e psiquiátrica) aceita isso, já há muito tempo. Apenas é... diferente.
A esta questão da adopção, sobre a qual tenho mais receio da intolerância de qua a criança seria alvo do que propriamente dos potenciais educativos de dois pais e duas mães, apenas me pergunto uma outra: será estabilidade emocional e integração social uma família heterossexual em que as mulheres são continuadamente vítimas de violência física e/ ou psicológica? Quer-me parecer que a adopção por parte de casais do mesmo sexo está para os nossos dias como as famílias monoparentais (agora delicadamente designadas de biparentais) estão os tempos dos nossos pais e avós.
A ver vamos, como sempre.

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terça-feira, dezembro 08, 2009
Escrito por Green Tea em terça-feira, dezembro 08, 2009

Sucessão Perfeita:

23/05/2000

04/09/2006

08/06/2007

E agora 10/07/2010.

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!!!!!!

Sou feliz. Podem parar as compras de Natal. Ou então troquem-nas por um bilhete!

 
domingo, novembro 08, 2009
Escrito por Green Tea em domingo, novembro 08, 2009


Há quem tenha ficado verdadeiramente em êxtase com a saída de Paulo Bento (e de Pedro Barbosa) do Sporting. Eu não fiquei. Aliás, não fiquei mesmo nada contente.
Como quase sempre, cai primeiro o elo mais fraco. Recordo que outros clubes grandes passaram algum tempo a contratar treinadores à razão de um por época. Por outro lado, clubes grandes que aposta(ra)m na continuidade viram frutos a surgir consecutivamente. Mas o Sporting não deveria ser permeável a esta estratégia e, a sê-lo, deveria compreender onde está a grande questão, a big picture por assim dizer.
Paulo Bento começou a carreira de treinador nas camadas jovens do clube, onde conseguiu resultados bastante elogiáveis e elogiados. Posteriormente, passou, ainda sem todas as habilitações necessárias e não o sendo verdadeiramente no papel, a ser treinador da equipa principal do Sporting. Ao longo de 4 anos, não tendo conseguido um título e sem exibições verdadeiramente memoráveis, conseguiu por algum tempo, dar um sentimento de união dentro do clube. Apostou em jogadores jovens e formados no clube, aceitou a impossibilidade do Sporting em corresponder com grandes contratações e, aos poucos, foi criando aquilo que na altura foi idealizado como uma relação duradoura entre o treinador e o clube (chegando essa relação a ser comparada com a de Alex Ferguson e o Manchester United).
Com a escassez de resultados, todos se começaram a inquietar. Ah, o Caicedo não presta, os jogadores não correm e trinta por uma linha. Ah e o Polga está em baixo de forma e o Miguel Veloso não quer jogar. O que se faz então? A vida negra ao Paulo Bento. Sem excepção.
E digo isto porque há uma certa ironia em ver no estádio faixas de apoio ao Paulo Bento no primeiro jogo do Sporting após a saída do treinador. Em que o jogo está empatado e o meu clube está a jogar com menos um elemento.
Paulo Bento saiu desnecessariamente. Com tranquilidade, mas erradamente. Não é o Paulo Bento que está mal no Sporting, o Sporting não sabe é o que está mal.

Desejo tudo de bom ao Paulo Bento, que me emocionou quando deixou de ser jogador, porque afinal um homem também chora em frente às câmaras quando dedica uma carreira ao pai. E porque era e é um homem dedicado e recto. E não merecia a maneira como foi tratado nestes últimos tempos. Aliás, vê-se por este jogo com o Rio Ave, que ainda decorre, que não era ele o problema e que, ao contrário do que o próprio diz, ele até poderia ser parte da solução...

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sexta-feira, outubro 16, 2009
Escrito por Green Tea em sexta-feira, outubro 16, 2009

Garota de Matogrosso do Sul

Uma das minhas colegas de trabalho é brasileira e é porreirinha. Ficou, e cito "puta da vida" com a cena da Maitê Proença. A mim passou-me ao lado...

Mas a minha colega tem alguma razão. Quando ela entrou na empresa, vinha aterrorizada pela possibilidade de se enganar, pois certamente atribuiríamos o erro ao facto de ser brasileira e não à simples evidência de ser novata numa função que, não sendo complexa, é trabalhosa.
Pagando uma exorbitância pelos papéis e sua renovação, trabalha 7 dias por semana, pois trabalha aos fins-de-semana para poder enviar dinheiro para o Brasil. É empenhada até mais não e resolveu ir tirar um curso de contabilidade* cantem comigo: aleluuuuuuiaaaaaa irmãos!) para me poder libertar dessa parte que, em boa verdade, tem ficado descurada desde que iniciei funções no meu novo cargo. E continua a sofrer, por alguns, pelo estereótipo de brasileira boa e burra (boa até é, mas burra???).

Diplomaticamente, esta merda da Maitê é insignificante. Para os brasileiros (e outros imigrantes**) que cá tentam trabalhar (porque há os que de facto tentam fazer outras coisas), é uma chicotada valente. E estúpida e desnecessária.


* Tal como a pós-graduação que me propus a frequentar em regime pós-laboral para poder exercer estas funções, também este curso de contabilidade no mesmo horário é inteiramente pago pela empresa. No entanto, quer eu quer a minha colega, inscrevemo-nos antes de sabermos desta situação. Claramente, tenho muita sorte no sítio onde trabalho.
** Temos outro colaborador imigrante que, após 8 anos de trabalho em Portugal, se naturalizou. Trabalha mais que o Deco e o levezinho juntos. É das pessoas mais fantásticas e humildes que conheço. Foram os outros trabalhadores que o ajudaram a preparar o ditado que teve de fazer, perdendo noites de sono que, no trabalho deles, é bem preciso. Repetindo, claramente, tenho mesmo muita sorte em trabalhar onde trabalho.

 
sábado, outubro 10, 2009
Escrito por Green Tea em sábado, outubro 10, 2009

E porque amanhã há eleições ...

... e o Isaltino vai ganhar, só me ocorre esta foto que tirei no Bairro Alto um destes dias.


Não me irrita que o Isaltino ganhe. Antes me incomoda a festa que lhe fazem nas arruadas, ao senhor conhecido por "10%". Que fez muito por Oeiras, dizem-me. Eu pergunto por Algés, o que fez ele? Mais fez a Teresa Zambujo aquando da saída para o governo do Isaltino.
Entretanto, nem vou recordar que um tipo que é condenado (atente-se, ultrapassa a questão do ser arguido) e cujo recurso ainda nem sequer foi apresentado, eticamente não poderia, de forma alguma concorrer. A questão legal configura-se, não obstante, no mesmo sentido de sempre...

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quinta-feira, setembro 24, 2009
Escrito por Green Tea em quinta-feira, setembro 24, 2009

ost #18 (ou como tenho saudade dos bons velhos tempos)

Backspacer já roda no meu iTunes há tempo suficiente para não se tratar apenas de uma impressão esquisita.

Sendo das melhores capas dos Pearl Jam que me lembro (pelo menos a comparar com o abacate), o álbum é, vá lá, fraquinho.

As músicas não são, de todo, aquilo que eu esperaria, e quase que me apetece espancar o Eddie Vedder até lhe doerem as costelas. É que ninguém me tira da cabeça que foi aquela banda sonora do Into The Wild que fez com que Backspacer derrapasse para esta lamechice a pretender ser maturidade.

Ou isso, ou sou eu que gosto mais dos bons velhos tempos, cuja última recordação é de 8 de Junho de 2007, no concerto em Algés.

Por isso, e enquanto me dedico a mais umas quantas ouvidelas a ver se percebo o que me está a escapar, isto é o que para mim ainda resiste:


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